Combinei com dois
Lobos fazer uma investida na Costa Vicentina, para uma praia onde nunca tinha
pescado. Os meus colegas tinham conhecimento da zona e já lá tinham estado a
pescar, tirando alguns peixes de porte.
A investida era mais direccionada ao Robalo, visto agora ser
a época deles, então levá-mos uns chocos fresquinhos e uns caranguejos para ver
se enganava-mos algum.
Chegámos ao pesqueiro por volta das 17h30, com o sol a
pôr-se e 2h de vazante pela frente, fui logo montar as canas e começar a
pescar, depois de uma semana engripado estava com fome de pesca.
Dificil a pesca com a maré vazia, pois a fundura ficava
longe e era difícil passar a rebentação, um dos meus colegas tirou um
Robalo bom , na volta dos 2 kilos, e eu
nem um toque...mas eu de botas não estava
em condições de avançar muito para lançar e
á medida que a maré voltava, estava preocupado era em conseguir sair dali
com o material todo, puxar tudo para cima e preparar-me para pescar de maré
mais cheia.
20h00 Já começava a haver água para pescar, o meu colega do
lado já tinha tirado um ou outro Sargo bom, e eu nada, revia as iscadas de
choco, mudava os caranguejos e ia conversando e lançando curto, longo, afastando-me mais , mas sem resultados.
Por volta da meia noite, o outro colega que estava lá mais
distante liga-nos a dizer que já tinha tirado mais outro Robalo, este ainda
maior que o primeiro. Sendo eu o único a não ter ainda tirado peixe, comecei a
aceitar a grade que me esperava e a desfrutar das 2h de pesca que faltavam.
01h00 - Sentado a beber uma das últimas cervejinhas, vejo a
cana dar dois toques, e penso para mim, não me vou levantar enquanto este Sargo não ferrar...mais dois toques e
vejo que já não se solta, começo a
recolher e sinto peso, mas sem cabecear, começo a pedir ajuda ao meu colega
que estava de vadeadores. E vamos falando, calma que trazes o peixe pa terra, e
como não sinto cabeçadas nem arrancadas, penso que trago um barrote
ferrado...estava com 0.30 mono, estava à vontade mas nunca fiando...quando sinto o
nó do chicote o peixe emburrece e não quer vir, espero pelo o mar e começo a
puxá-lo, mais uma escoa ainda recuo e trago-o para terra e o meu colega vai agarrá-lo e atira-o para seco
e qual não é o espanto quando nos deparamos com uma dourada linda!
Escusado será dizer que por mim a pesca estava feita, mas
ainda fui prendado com um robalote de kilo...uma noite para recordar onde tive
sorte!
Dezembro 2016
Dezembro 2016
HP
Tens que insistir...